Pesquisadores do ZEE/MA participam de capacitação em mapeamento geomorfológico ministrado pelo Serviço Geológico Brasileiro

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Técnicos e pesquisadores do Instituto Maranhense de Estudos Socioeconômicos e Cartográficos(Imesc), da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) e da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA) ligados ao Zoneamento Ecológico-Econômico do Maranhão (ZEE/MA) participaram do curso de Metodologia de Mapeamento Geomorfológico aplicado ao Planejamento Territorial do Bioma Amazônico do Maranhão.

O curso, ministrado por Marcelo Dantas, geógrafo especialista em Geomorfologia e coordenador-executivo do Departamento de Gestão Territorial do Serviço Geológico Brasileiro (CPRM), trata-se de uma capacitação na área de geomorfologia, que objetiva trazer para os pesquisadores do ZEE/MA a experiência da CPRM, onde já se trabalha com mapeamento geomorfológico aplicado à geodiversidade.

O coordenador estadual do ZEE/MA, Luiz Jorge Bezerra Dias, explica que é necessária constante qualificação dos profissionais envolvidos nos estudos do Zoneamento para se ter capacidade técnica suficiente para a gestão do território, passando pela atualização da técnica utilizada para o mapeamento sistemático do território.

O mapeamento está relacionado às potencialidades e fragilidades de relevos, solos e rochas. Com esses estudos atualizados, será permitido o acesso à uma base de dados consolidada e oficial que vai oportunizar tomadas de decisões sobre recursos naturais e tentativas de resolução dos problemas econômicos e sociais do Bioma Amazônico do Maranhão.

Um dos objetivos do ZEE é dotar os tomadores de decisão de informações para a inteligência territorial, ou seja, quais são as melhores maneiras de aproveitamento do território com menos impacto ambientais e sociais. Pensando nisso, a CPRM trouxe uma atualização sobre os métodos e técnicas de cartografia geomorfológica, que vão permitir aos técnicos do ZEE entender quais são os pontos vulneráveis ou críticos e os pontos favoráveis ou benéficos para que as atividades humanas aconteçam ou para que se seja realizada a proteção e conservação ambiental.

Estão participando do curso aproximadamente 30 pesquisadores, do Imesc, da UFMA e da UEMA, ligados ao ZEE/MA. “Antes de repassar essas informações para a sociedade em geral, precisamos requalificar a nossa equipe. Para que os produtos finais de geomorfologia, de geologia e de solos, possam ter condições de subsidiar todas as tomadas de decisão possíveis bem embasadas do ponto de vista técnico-científico”, aponta o coordenador estadual do ZEE, Luiz Jorge Dias.

“Por fim, esse curso visa também permitir que nós sejamos multiplicadores das abordagens de cartografia e de mapeamento do Serviço Geológico Brasileiro, que é o órgão oficial de pesquisa do Ministério de Minas e Energia, e que trabalha fortemente na disseminação de informações cartográficas”, finaliza Luiz Jorge Dias.

O presidente do Imesc e coordenador geral do ZEE/MA, Felipe de Holanda, aponta que a parceria com o Serviço Geológico Brasileiro, motivo de orgulho para o Governo do Estado do Maranhão, constitui uma importante inovação institucional na construção destes grandes estudos territoriais que se complementam na elaboração do ZEE/MA. “Além da excelente oportunidade de qualificação e nivelamento dos pesquisadores do ZEE/MA, o evento constitui em si uma oportunidade privilegiada de diálogo franco com os nossos institutos de pesquisa, com as nossas universidades e com os nossos diversos parceiros institucionais”.

O geógrafo da CPRM, Marcelo Dantas, explica que o trabalho da geomorfologia possui grande importância por ser uma das bases temáticas mais significativas para um diagnóstico do meio físico de um Zoneamento Ecológico-Econômico. “A partir do momento em que é mapeado os grandes conjuntos de formas de relevo de uma determinada região, como a do Bioma Amazônico, são dadas algumas diretrizes que podem ser utilizadas para vários fins, dentro do contexto do planejamento territorial. Avaliando as fragilidades intrínsecas do terreno, como avaliando os processos morfodinâmicos que existem nessa região”, explica.

“O ZEE, a análise geomorfológica e toda a análise integrada ao meio físico vai ter uma importância muito grande para definir diretrizes que garanta a sustentabilidade ambiental e o desenvolvimento econômico daquela região, e inclusive a melhor qualidade de vida de quem vive nos municípios daquela área”, finaliza o geógrafo.

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